O pneu pode ser usado com ou sem câmara, mas como sou fã e adepto do sistema NoTubes, montei o meu sem câmara na roda traseira. Comecei a pedalar com a mínima pressão recomendada, 20 psi. Apesar da boa sensação transmitida, logo percebi que poderia danificar o aro rodando nessa pressão com esse pneu de perfil mais baixo. O hotspot (pressão ideal) para se rodar com o "The Crow" são 25 libras. A borracha de de duplo composto mostrou-se aderente e pouco porosa, o pneu praticamente não perdia pressão dias após ser calibrado, como normalmente acontece com outros pneumáticos convertidos para o tubeless.
Com uma largura de carcaça de 48mm, 8 mm menor que os Racing Ralph que vinham sendo utilizados até então e uma banda o tipo semi-slick, a diferença no pedal é patente. De primeira já se percebe que a pedalada em terrenos compactados rende definitivamente mais.
A regra básica de muitos dos produtos voltados ao Mountain Biking costuma ser: Vantagem em subida se traduz em algum ônus em descida e vice-versa. Dessa forma, minhas principais dúvidas estavam centradas no comportamento do pneu quando pedalasse em pé nas subidas e o quanto eu poderia perder em segurança nas descidas mais técnicas.
Percebi que apesar dos cravos bastante baixos, Stan Koziatek conhece bem os atalhos para também criar pneus eficientes (e leves!). Nos terrenos ditos intermediários, de média inclinação e ainda com algumas pedras soltas, tipo solo muito comum nas estradas de terra da região de São Roque, o desempenho do "The Crow" definitivamente surpreendeu. Bem posicionado na bike, distribuindo o peso entre as rodas e mesmo sem uma cadência elevada, é perfeitamente possível pedalar de pé com o "The Crow" montado na traseira da bike. Esperava muitos spins e derrapadas, mas na realidade isso não se confirmou na grande maioria das situações e terrenos.
Por falar em traseira, na minha opinião, a versão de 29 polegadas do "The Crow" é um produto eficiente na parte de traz de sua bike. O fato da banda de rodagem contar com cravos baixos, pode comprometer a segurança caso o pneu seja montado na dianteira e seu estilo da pilotagem seja mais agressivo. Além disso, um dos benefícios mais legais das 29ers é sem dúvida o quanto uma dianteira de grande diâmetro, agressiva e de alta aderência pode proporcionar de prazer de se pilotar agressivamente.
Após dois meses de pedal, o pneu, apresar bastante de aderente, apresentou um desgaste mínimo, mais um ponto positivo para o Stan! Nesse período ficou bem claro que trata-se de um produto de uso específico, o XC Competitivo. Com o peso inferior a 500 gramas, o bom desempenho em grande parte dos terremos (excluindo-se, é claro, o terrenos pedregosos ou cheios de barro), o "The Crow" é a opção perfeita para você que compete e precisa de um pneu traseiro leve, confiável e eficiente. Se quiser completar a bike com os produtos NoTubes, a recomendação é o novo "The Raven" para a dianteira, uma versão "bombada" do "The Crow", com os cravos laterais maiores, feitos para proporcionar mais abuso nas curvas.
Veredito final: Pneu NoTubes "The Crow" 29x2.0 - Produto aprovado e recomendado pelo P29BR
Fiquem atentos, vem muito mais por aí, eu prometo :¬D
Keep 29eriding
Post relacionado:
http://projeto29brasil.blogspot.com/2008/12/p29br-teste-pneu-stans-notubes-crow.html
Boa Tarde Adil, tudo certo? vi no forum que vc está vendendo um quadro trek tam 58. Estou muito interessado nele, para falar a verdade estava a procura de um quadro 58 esta semana. Me mande um email andre_quadros@hotmail.com que tenho certeza que podemos fazer negócio.
ResponderExcluirAdil,
ResponderExcluirdesculpe por ressuscitar este post. pois bem, aderi as rodas 29er a pouco mais de um ano e meio e com ela ja adotei o tubeless. Inicialmente, sempre mantive a calibragem igual ou semelhante a usada na camara, ou seja, algo em torno de 50psi para um ciclista com mais de 100kg. Com o tempo e visando o conforto reduzi a calibragem para algo proximo a 40psi, as vezes 35psi.
Até entao estava usando como calibragem padrao 35 e 40 para garantir a saude dos aros. Sem reclamacao em nenhum dos aspectos: rolagem, tração e aderência.
Porém, neste ultimo mês, meu lindo pneu dianteiro arrumou um furo crônico. Explicarei, sempre no mesmo lugar vaza o liquido e sou obrigado a dar uma pressionada no local para vedar, recalibrar e seguir viagem.
No ultimo evento que participei (bigbiker) o bendito esvaziou pelo mesmo local e diante da adrenalina e proximidade do final da corrida segui com a calibragem baixíssima (acredito que uns 20psi). Mesmo notando que com os devidos cuidados não atingiria o aro, ficou evidente a impossibilidade de fazer curvas. Ao menos esta era minha sensação.
Agora pergunto, quando você cita estas calibragens baixas você nao perde nas curvas? isto eh uma característica do meu pneu (racing ralph) ou falta de tecnica do piloto?
Olá Fred,
ExcluirA ideia é essa mesmo, ou seja, utilizar pressões mais baixas nos seus penus. Tenho 78Kg e uso em média 25psi para o XC, sem qualquer problema, seja ele mecânico (destruir os aros) ou técnico (não fazer curvas, etc).
De todas as formas, muitas variáveis estão envolvidas. Vou dar um exemplo. Os aros das rodas VZAN Everest são relativamente estreitos. A fábrica fez essa opção, para diminuir o peso do conjunto, contudo por conta disso, pneus mais largos, como o Racing Ralph 2.25, podem "torcer" se estiverem com pouca calibragem, o que acaba arruinando seu desempenho.
Em relação ao seu furo, sugiro desmontar o pneu e colar um remendo ou ainda adquirir um daqueles kits de conserto de pneus sem câmara, parecido com o de borracheiro.
Qualquer dúvida, escreva.
Abs,
Adil